Relato da viagem missionária N'ativa:
ÍNDIA
Nossa viagem missionária à Índia foi algo especifico da parte de Deus para nos mostrar um contexto transcultural, o poder da oração, e os desafios da obra missionária em um contexto oriental.
Até a chegada na nação prometida tivemos realmente
que caminhar pela oração e pela fé. Oração por direcionamento de Deus, pela
cidade na qual estaríamos na Índia, por ofertas missionárias, pelos corações
que seriam impactados pela presença do Senhor. Deus é um Deus de surpresas!
Trabalha em cada detalhe no nosso coração, nas nossas motivações! Eu, Paula
Dorti, consegui comprar minha passagem um dia antes da viagem – como o Senhor
tratou no meu cárater, na minha fé e dependência nEle!! Como Deus trabalhou
Ageu 2.8 – “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos”
Depois de um ano de planejamento e oração, talvez
com palavras não poderíamos nunca expressar, a sensação de pisar em solo
indiando e olhar a nossa volta ( quase tudo era estranho para nós), mas a
certeza do chamado de Deus queimava em nossos corações! Era a primeira de
muitas nações em que colocaríamos nossos pés para glorificar o nome dEle.
Descobrir os encantos sobre a cultura indiana foi
algo muito significativo para nós, um tempo realmente de crescimento e
amadurecimento para o nosso chamado missionário.
Deus nos ensinava a cada momento e em cada detalhe,
esta viagem, foi mesmo um divisor de águas em nossas vidas!
Nós ficamos num orfanato na cidade de Goa, em que a
missionária brasileira Marilande Torres fundou orientada por um chamado de
Deus, específico para vida dela. Com ela, ainda um casal de indiano (cristãos)
– a Praful Pamar e seu esposo - auxiliavam no projeto da vontade de Deus para a
vida de cada criança órfã. Muitas das crianças indianas, que lá estavam, foram
abandonadas pelos seus pais, outras eram frutos da prostituição reinante no
país. No entanto, não foram abandonadas por Ele, pelo contrário, Deus já havia
planejado um lindo futuro para elas. Além, do cuidado, do carinho, alimentação
e escolaridade, eram criadas no evangelho de Cristo.
Durante cada momento pudemos amar aqueles órfãos
por tantos motivos, abraçá-los e poder dizer-lhes que Jesus os ama. Brincar,
ensinar novas danças, louvarmos a Deus todos juntos, foram sensações inefáveis.
Apesar de serem abandonados por seus pais, seus olhos brilhavam, pois eram
cheias do amor de Deus. Realmente, elas vivenciavam esse versículo: “Porque,
quando meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me recolherá.” Salmos
27:10
Entendemos da parte de Deus que a primeira língua a
ser falada no mundo não é o inglês, é o amor! O “amor de Deus”. É nessa língua
em que tudo encontra sentindo, encontra direção para o que fizemos lá na Índia
durante esse tempo: amar e servir.
São grandes os desafios missionários na Índia, são
lutas que muitos que se dizem cristãos hoje em dia, ao olhar para o campo na
Índia, reavaliará seu modo de viver, se verdadeiramente estamos numa conduta
verdadeiramente Cristã. É renúncia, é trabalhar muitos anos para ver começar a
ver brotar a semente plantada, sabendo que a recompensa não vem do homem, não é
dinheiro, não são glórias humanas ou uma causa terrena, batalhamos mais por uma
causa eterna.
Grandes desafios pelo qual passamos, dentre eles a
língua nativa – o híndi – e também o inglês não foram empecilhos para
apregoarmos e fazer o que Deus ordenara naquele país. Pregamos, oramos pelos
enfermos, visitamos algumas casas de hindus, nos divertimos e demos amor às
crianças! Outro desafio, que nem foi tanto desafio assim, foi comer com a mão
direita, todos os dias de nossa estadia, afinal tínhamos que nos
contextualizarmos, claro! O fuso horário de oito horas de diferença do Brasil e
a ausência do vaso sanitário foram também pequenos desafios! Tudo foi superado
para honra e glória do nosso Deus! Nosso alvo, corações e almas sedentas por
Deus, era muito maior do que cada pequena barreira.
Um momento muito marcante para nós foram algumas
visitas. Ao entrarmos nas casas éramos bombardeados com muitos quadros de
deuses, imagens de escultura, bonecos amarrados de cabeça para baixo atrás da
porta, tufos de cabelos enovelados e cordas amarradas nas crianças – na cintura
e braço – resultado de pactos com os deuses. Esse era o momento de colocarmos
nossa intercessão silenciosa por aquelas vidas, para que fossem libertas da
opressão e cegueira. No entanto, éramos muito bem recebidos pelos hindus, e
foram momentos riquíssimos de interação e socialização com esse povo tão
exótico e amável.
Durante nossa estada em Goa vimos dois Indianos
durante o culto na igreja entregarem suas vidas a Jesus e entenderem o que
Cristo fez por eles, e durante as visitas nas casas que fazíamos em pequenos
grupos, para não chamar a atenção dos extremistas, dois homens que se diziam
mulçumanos aceitaram a verdade de Cristo. Além de ver o crescimento de cada
irmão nas igrejas, homens e mulheres de oração, crianças cantando e orando com
amor e fervor!
Foi um tempo de confiança em Deus e cumprimento de
promessas, tanto em nossas vidas como missionários, como na vida de cada hindu
que foi impactado por Deus.
Que possamos cobrir a Índia, missionários e os
indianos em nossas orações para que o evangelho continue sendo difundido e que
haja quebrantamento dos corações gélidos.
Relatos missionários de Paula Dorti e Davi
D'aguiar.
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