Um poeta chamado Facebook
nos diz que: “Pessoas passam por nossa vida, mas só as importantes permanecem.”
Enfim não sei se é assim, deve ser algo do tipo. Preciso concordar com essa
afirmação. De tempos em tempos conhecemos pessoas, muitas pessoas, algumas
simplesmente passam, sorriem, falam um oi e vão embora.Não fazem falta. Outras
se mudam, somem, perdemos o contato físico, mas mesmo assim são bem presentes.
Alguns encontros não servem de nada. Alguns encontros mudam drasticamente
nossas vidas. Assim procedeu a caminhada de Jesus, o Mestre caminhou ao lado de
bastante gente, porém algumas viveram mudanças profundas e eternas, sobre
alguns desses encontros nós iremos estudar durante as minhas postagens.
O primeiro encontro que gostaria de discutir é de Jesus
com o apóstolo Pedro, o qual tem me feito refletir muito nos últimos 6 meses.
“Certo dia Jesus estava perto do lago de
Genesaré, e uma multidão o comprimia de todos os lados para ouvir a palavra de
Deus. Viu à beira do lago dois barcos, deixados ali pelos pescadores, que
estavam lavando as suas redes. Entrou num dos barcos, o que pertencia a Simão,
e pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se, e do barco
ensinava o povo. Tendo acabado de falar, disse a Simão: "Vá para onde as
águas são mais fundas", e a todos: "Lancem as redes para a
pesca". Simão respondeu: "Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não
pegamos nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as
redes". Quando o fizeram, pegaram tal quantidade de peixe que as redes
começaram a rasgar-se. Então fizeram sinais a seus companheiros no outro barco,
para que viessem ajudá-lo; e eles vieram e encheram ambos os barcos, a ponto de
quase começarem a afundar. Quando Simão Pedro viu isso, prostrou-se aos pés de
Jesus e disse: "Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador!
" Pois ele e todos os seus companheiros estavam perplexos com a pesca que
haviam feito, como também Tiago e João, os filhos de Zebedeu, sócios de Simão. Então
Jesus disse a Simão: "Não tenha medo; de agora em diante você será
pescador de homens". Eles então arrastaram seus barcos para a praia,
deixaram tudo e o seguiram.” (Lucas 5:1-11)
Nesse momento deparamo-nos com o
primeiro encontro do que viria ser uma caminha intensa ao lado daquele que se
tornaria seu mestre. Pedro era pescador. Jesus ummarceneiro que manda-o jogar
as redes mais fundo. O pescador rebate: “[...]
Mestre esforçamo-nos a noite toda e não pegamos nada [...]” Contudo
obedece. Muitos peixes vêm. A rede
rasga. “[...]Eles então arrastaram seus barcos para a praia, deixaram tudo e o
seguiram.”
O que podemos tirar desse primeiro
encontro?
1.
Fazer
o que os outros nos mandam fazer quando concordamos com a ordem que nos é dada
não é obedecer, porém simplesmente concordar;
2.
Pedro
era pescador, ele conhecia o mar, a maré, talvez até a temperatura da água e os
ciclos dos peixes, sabia o que estava fazendo por isso encontrava-se frustrado
com a noite de trabalho;
3.
O
apostolo obedece não porque concordou com o que Jesus disse, mas reconheceu a
soberania de Cristo, foi contra a sua vontade, o seu cansaço, a fadiga e tantas
outras coisas. Ele obedeceu;
4.
Ao
encarar a vontade de Jesus Pedro vive um momento milagroso.
A caminhada de Pedro com Jesus foi repleta
de momentos hilários, nesse
Primeiro
momentonecessitamos entender que para uma caminhada sadia no cristianismo
precisamos largar nossas certezas, nossos conhecimentos e domínio que pensamos
ter sobre a nossa vida. A vida com Cristo não é de conforto, contudo de
confronto. Pedro foi confrontado, pois quando ele achava que sabia o que estava
fazendo, Jesus mostra que o caminho não é por aí, ou seja, precisamos viver o
confronto do chamado de Cristo e obedecer – ir contra a nossa vontade – não
simplesmente seguir regras que já concordamos.
A partir daí
Pedro começa a viver uma série de loucuras com Jesus. Ele sabia que não estava
seguindo a mais um profeta, um Messias ou um agitador. O pescador tinha
obedecido. Viveu o confronto. Foi contra seus conhecimentos e escutou a voz do
seu mestre. Isso fez Pedro entender quem era o Cristo, reconhecendo-o como o
Filho do Deus vivo. Em um mesmo capítulo de Mateus, Jesus chama-o de rocha, na
qual a igreja seria edificada e as portas do Hades não prevaleceria contra essa
igreja e mais na frente o marceneiro prediz a sua morte e por amor, o pescador,
tenta não aceitar esse fato e Jesus diz a Pedro:
“Jesus virou-se e disse a Pedro: “Para trás de mim,
Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, e não pensa nas coisas de Deus,
mas nas dos homens”. (Mateus 16:23)
Vemos que com Cristo: Pedro foi pedra que edificaria a
igreja. Pedra de tropeço. Andou sobre as águas. Acompanhou Jesus no Getsemani.
Cortou a orelha do servo do sumo sacerdote. Negou Jesus três vezes.
“Então, prendendo-o, levaram-no para a casa do
sumo sacerdote. Pedro os seguia a distância. Mas, quando acenderam um fogo no
meio do pátio e se sentaram ao redor dele, Pedro sentou-se com eles.Uma criada
o viu sentado ali à luz do fogo. Olhou fixamente para ele e disse: “Este homem
estava com ele”.Mas ele negou: “Mulher, não o conheço”.Pouco depois, um homem o
viu e disse: “Você também é um deles”. “Homem, não sou!”, respondeu Pedro.Cerca
de uma hora mais tarde, outro afirmou: “Certamente este homem estava com ele,
pois é galileu”.Pedro respondeu: “Homem, não sei do que você está falando!”
Falava ele ainda, quando o galo cantou. O Senhor voltou-se e olhou diretamente
para Pedro. Então Pedro se lembrou da palavra que o Senhor lhe tinha dito:
“Antes que o galo cante hoje, você me negará três vezes”.Saindo dali, chorou
amargamente.” (Lucas 22: 54-62)
Mesmo
conhecendo Jesus, Pedro o negou. Quando conhecemos muito bem uma pessoa sabemoso que o seu olhar
diz. Jesus só olhou Pedro e ele lembrou-se do que o mestre tinha dito. Saiu
dali, se arrependeu e chorou.Creio que esse olhar que Jesus lançou sobre Pedro
não foi um olhar de condenação, mas novamente de confronto, agora misturado com
amor e misericórdia. Olhar esse que fez Pedro chorar AMARGAMENTE. Contrangido.
Confrontou a tal ponto que Pedro ao ser morto “escolheu” ser crucificado de
cabeça para baixo, pois não se achava digno de morrer igual seu Senhor.
Aplicando
em nós: O mesmo confronto que Jesus trouxe para Pedro, Ele traz para nós todos
os dias. Precisamos abrir mão das nossas certezas. Lançar as redes mais fundo,
mesmo quando parecer impossível. Necessitamos caminhar com Ele. Andar sobre as
águas, ir a lugares onde nossos pés podem falhar. Nosso lugar é no Getsemani
com o nosso mestre. Viver com Ele. Morrer por Ele. Quando O negarmos para os
nossos pecados precisamos ter o seu olhar cruzando com o nosso trazendo
constrangimento e arrependimento. Nosso lugar era a morte na cruz, mas Ele
escolheu morrer por nós.Anseio todos os dias encontrar
com Cristo como Pedro encontrou, ter uma vida de intimidade com o Mestre e
seguir o seu chamado confrontador. Que esse seja nosso desejo.
Na graça e na
paz,
LanukNagibson.
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